Relatores da Síntese: Érica, Evânia, Fernanda, Gabriela, Geisa, Jucivânia, Leila e Lenormam.
A temática abordada neste encontro enfocou a trajetória histórica da educação de pessoas jovens, adultas e idosas no Brasil. Para tanto, foi discutido em grupo o artigo “Notas sobre a redefinição da identidade e das políticas públicas de educação de jovens e adultos no Brasil”, de Maria Clara Di Pierro.
Durante as discussões do artigo podemos perceber a importância de conhecer a trajetória histórica da EJA para compreender melhor de que forma ela está sendo vista, como um direito de cidadania.
Na década de 20, as reformas tratam a educação de adultos ao mesmo tempo em que cuidam da renovação dos sistemas de um modo geral. Apenas em 1928 com a reforma do Distrito Federal ela recebe mais evidência.
As mudanças políticas e econômicas, a partir da Revolução de 30, possibilitaram a consolidação de um sistema político de educação elementar no Brasil. A ampliação da escolarização para adolescentes e adultos foi provocada pelo processo de urbanização e industrialização.
O período áureo para a educação de adultos foi a década de 40. Nesta aconteceram inúmeras iniciativas políticas e pedagógicas de importância, tais como: a regulamentação do Fundo Nacional de Ensino Primário (FNEP); a criação do INEP, incentivando e realizando estudos na área; o surgimento das primeiras obras, especificamente dedicadas ao ensino supletivo; lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), através da qual houve uma preocupação com a elaboração de material de didático para adultos e as realizações de dois eventos fundamentais para a área: 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos realizado em 1947 e o Seminário Interamericano de Educação de Adultos de 1949.
Com a fase de desenvolvimento que se instalava nos países, no final da década de 40 e início dos anos 50, tornou-se necessário a promoção de uma educação popular, visando formar mão-de-obra imprescindível para atender ao crescimento das indústrias. Essa necessidade de promover a educação e qualificação foi justificada por várias teorias ligadas à política e a ampliação das bases eleitorais do país.
Vale ressaltar que desde o final da década de 50 até meados de 60 destacou-se a educação de adultos e da alfabetização. O II Congresso Nacional de Educação de Adultos tornou-se um marco histórico para a área. Paulo Freire, mesmo não tendo ainda um envolvimento maior com o analfabetismo entre adultos, defendia e propunha uma educação de adultos que estimulasse à colaboração, a decisão, a participação e a responsabilidade social e política. Tais propostas foram disseminadas quando se aprovou o Plano Nacional de Alfabetização, em janeiro de 1964.
No período que segue, mudanças políticas e econômicas interferem nesse processo educacional e com adentrar do período militar a Educação de Adultos é concebida através de outras iniciativas governamentais.
Após a implantação do regime militar pouco se alfabetizou. Isso se atribui a uma estagnação política e pedagógica vazia e superficial, difundida pelo MOBRAL. Entretanto com o instalar da Democracia na década de 80, definiu-se uma nova concepção de educação de jovens e Adultos a partir da Constituição Federal de 1988, a qual garantiu importantes avanços no campo da EJA. No artigo 208, a Educação passa a ser direito de todos, independente de idade.
Apesar do artigo que definiu na constituição a educação como “direto de todos”, chegamos à década de 90 com políticas públicas educacionais pouco favoráveis a este setor, porque os programas que foram ofertados após 1988 estiveram longe de atender a demanda populacional.
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, promulgou-se a primeira referência sobre a EJA no Título V, artigos 37º e 38º, trazendo um significativo ganho à educação de adultos, institucionalizando esta modalidade de ensino.
Em 1997, a V Conferência Internacional de Educação de Adultos realizada em Hamburgo proclamou o direito de todos à educação continuada ao longo da vida. Nesse sentido, passa a ser não só um fator de desenvolvimento pessoal e um direito de cidadania, mas também uma condição de participação dos indivíduos na construção de sociedades mais justas.
Em suma, a trajetória histórica da educação de pessoas jovens, adultas e idosas em nosso país sempre sofreu interferências do contexto histórico-sócio-político de cada época e na atualidade, a ênfase nessa educação de grande relevância, mas será realmente de grande contribuição para nossa sociedade se o trabalho docente também estiver qualificado para essa modalidade de ensino, oferecendo assim uma educação de qualidade com ideais reflexivos e transformadores.
Durante as discussões do artigo podemos perceber a importância de conhecer a trajetória histórica da EJA para compreender melhor de que forma ela está sendo vista, como um direito de cidadania.
Na década de 20, as reformas tratam a educação de adultos ao mesmo tempo em que cuidam da renovação dos sistemas de um modo geral. Apenas em 1928 com a reforma do Distrito Federal ela recebe mais evidência.
As mudanças políticas e econômicas, a partir da Revolução de 30, possibilitaram a consolidação de um sistema político de educação elementar no Brasil. A ampliação da escolarização para adolescentes e adultos foi provocada pelo processo de urbanização e industrialização.
O período áureo para a educação de adultos foi a década de 40. Nesta aconteceram inúmeras iniciativas políticas e pedagógicas de importância, tais como: a regulamentação do Fundo Nacional de Ensino Primário (FNEP); a criação do INEP, incentivando e realizando estudos na área; o surgimento das primeiras obras, especificamente dedicadas ao ensino supletivo; lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), através da qual houve uma preocupação com a elaboração de material de didático para adultos e as realizações de dois eventos fundamentais para a área: 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos realizado em 1947 e o Seminário Interamericano de Educação de Adultos de 1949.
Com a fase de desenvolvimento que se instalava nos países, no final da década de 40 e início dos anos 50, tornou-se necessário a promoção de uma educação popular, visando formar mão-de-obra imprescindível para atender ao crescimento das indústrias. Essa necessidade de promover a educação e qualificação foi justificada por várias teorias ligadas à política e a ampliação das bases eleitorais do país.
Vale ressaltar que desde o final da década de 50 até meados de 60 destacou-se a educação de adultos e da alfabetização. O II Congresso Nacional de Educação de Adultos tornou-se um marco histórico para a área. Paulo Freire, mesmo não tendo ainda um envolvimento maior com o analfabetismo entre adultos, defendia e propunha uma educação de adultos que estimulasse à colaboração, a decisão, a participação e a responsabilidade social e política. Tais propostas foram disseminadas quando se aprovou o Plano Nacional de Alfabetização, em janeiro de 1964.
No período que segue, mudanças políticas e econômicas interferem nesse processo educacional e com adentrar do período militar a Educação de Adultos é concebida através de outras iniciativas governamentais.
Após a implantação do regime militar pouco se alfabetizou. Isso se atribui a uma estagnação política e pedagógica vazia e superficial, difundida pelo MOBRAL. Entretanto com o instalar da Democracia na década de 80, definiu-se uma nova concepção de educação de jovens e Adultos a partir da Constituição Federal de 1988, a qual garantiu importantes avanços no campo da EJA. No artigo 208, a Educação passa a ser direito de todos, independente de idade.
Apesar do artigo que definiu na constituição a educação como “direto de todos”, chegamos à década de 90 com políticas públicas educacionais pouco favoráveis a este setor, porque os programas que foram ofertados após 1988 estiveram longe de atender a demanda populacional.
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, promulgou-se a primeira referência sobre a EJA no Título V, artigos 37º e 38º, trazendo um significativo ganho à educação de adultos, institucionalizando esta modalidade de ensino.
Em 1997, a V Conferência Internacional de Educação de Adultos realizada em Hamburgo proclamou o direito de todos à educação continuada ao longo da vida. Nesse sentido, passa a ser não só um fator de desenvolvimento pessoal e um direito de cidadania, mas também uma condição de participação dos indivíduos na construção de sociedades mais justas.
Em suma, a trajetória histórica da educação de pessoas jovens, adultas e idosas em nosso país sempre sofreu interferências do contexto histórico-sócio-político de cada época e na atualidade, a ênfase nessa educação de grande relevância, mas será realmente de grande contribuição para nossa sociedade se o trabalho docente também estiver qualificado para essa modalidade de ensino, oferecendo assim uma educação de qualidade com ideais reflexivos e transformadores.